quarta-feira, 27 de abril de 2011

Sábado, dia 30/04: Roda de Contação e Leitura de Histórias

Ouvir histórias é uma delícia para a vida inteira...
                                               
...ouvir, imaginar, rir, sonhar sem ver o tempo passar...


Neste Sábado, 30 de abril, às 16 horas, teremos "Roda de Contação e Leitura de Histórias". A Trupe Gogó da Ema de Contadores de Histórias do SESC Alagoas estará presente, contando histórias daquelas que não se pode perder!

A Entrada é Franca e o local para tanto encantamento será a Biblioteca Central do SESC Poço.

Tem histórias para todo mundo!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Contadores de Histórias: INSCRIÇÕES ABERTAS!


Inscrições abertas para o curso “Um Conto Atrás do Outro”



O Núcleo SESC de Formação e Pesquisa na Arte de Contar Histórias (NUFOPES) é um centro de capacitação, pesquisa e experimentação na prática de contar histórias, a partir da tradição oral, de acesso público e gratuito, composto pelo curso Um Conto Atrás do Outro, Biblioteca Técnica e a Trupe Gogó da Ema de Contadores de Histórias do SESC Alagoas. Trata-se de um projeto criado e desenvolvido pelo Centro de Difusão e Realizações Literárias (CDRL), numa parceria entre a Coordenação Artístico-Cultural (CARC) e Coordenação de Biblioteca (CBIB), ambas pertencentes ao Programa Cultura do SESC – Administração Regional no Estado de Alagoas. Por sua vez, estarão abrindo as inscrições para o curso “Um Conto Atrás do Outro”, a serem realizadas pelos candidatos no período de 28 de fevereiro a 31 de março de 2011, no horário das 09 às 18 horas, de segunda-feira a sexta-feira, na Unidade SESC Centro, situado na Rua Barão de Alagoas, 229, Centro – CEP: 57020-210, Maceió/AL, ou enviadas via e-mail literatura@sescalagoas.com.br, desde que a ficha de inscrição (ver edital) esteja devidamente preenchida, assinada e com todos os anexos solicitados digitalizados e legíveis. A ficha de inscrição está disponível na unidade SESC Centro (Rua Barão de Alagoas, 229, Centro) e no site http://www.sescalagoas.com.br/.

Poderão participar os interessados com idade mínima de 18 anos, Ensino Médio completo, conhecimentos básicos de informática (para acesso à internet) e que tenha disponibilidade para participar de atividades durante 01 (um) final de semana por mês, e/ou mais dias quando forem necessários, enquanto durar o curso.


terça-feira, 11 de maio de 2010

“O Amor de Graça e Liano e Outras Histórias”


A exposição “O Amor de Graça e Liano e Outras Histórias” é uma construção artística, fundamentada no conceito de integração entre as artes. Na arte contemporânea, cada vez mais, as fronteiras entre as linguagens se diluem: a poesia visual, a performance e as instalações multimídia são exemplos desse momento em que arte e público se aproximam, dialogam e interagem, diversificando possibilidades.

Essa exposição tem o objetivo de promover o diálogo entre literatura e artes visuais, provocando os sentidos de quem pensou, de quem se envolveu, de quem a “curou” e de quem quiser, com ela, sonhar. Foi cuidadosamente conceituada pelo profissional Luciano Pontes (assessor artístico da Trupe), num constante exercício de trocas com o grupo.

É um convite a pensar nas possibilidades de representação do povo alagoano, nos personagens das histórias de Graciliano Ramos (1892-1953) e nos que surgiram no processo de leituras, estudos, viagens e diálogos da Trupe Gogó da Ema de Contadores de Histórias do SESC Alagoas, ao longo dos seus 10 anos de existência, até se transformarem no livro que dá o título à exposição.

Para esse momento especial, convidamos os artistas visuais alagoanos Alice Barros, Denis Matos, Levy, Pedro Lucena e Rosivaldo Reis - por sua experiência com a ilustração, pela representação pictórica da cultura alagoana e pelas experimentações plásticas - para interagir, através dos seus desenhos, com os contadores/escritores e convidamos o público para sentir, ouvir, tocar, cheirar, ver, viver “O Amor de Graça e Liano e Outras Histórias” na Galeria SESC.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

DIÁRIO DE BORDO

Mostra Gogó da Ema de Contadores de Histórias
  • Dia 05/11/09

Um dia muito importante para todos nós que fazemos a Trupe. Iniciamos a Mostra Gogó da Ema de Contadores de Histórias. Momentos de intercâmbio com estudiosos da área, contadores de histórias e amantes da tradição oral.
Começamos esse momento, no inicio da tarde, em uma Mesa-redonda “O Processo de (IN) Formação do Contador de Histórias” com Gislayne Avelar Matos (MG), Luciano Pontes e Adriana Milet (PE) e mediação de Linete Matias (AL).
As impressões e experiências de cada profissional nos tocaram e incentivaram a continuar o processo de busca contínua. Cada comunicação desenvolvida representou um novo estímulo para todas nós.
Ao ouvir uma história, os indivíduos se apropriam e mergulham no que foi contado, passando a diante e imprimindo-lhe suas marcas textuais. Aprendemos que a criação do contador de histórias deve ser baseada nesse processo de trocas e transmissões de experiências.
Foi um momento único e encantador. E não somente nós nos emocionamos, mas também os demais participantes com um depoimento de uma das monitoras da própria Bienal. Ela relatou que sempre gostou de artes e constações de histórias, mas que nunca tinha participado, por falta de iniciativa da família e que hoje estava muito feliz em poder assistir a uma mesa-redonda como aquela, foi mais um estímulo!

  • Dia 06/11/09
Prosseguimos com a programação da Mostra. No dia anterior discutimos os processos de aprendizagem para a formação de um contador de histórias. Hoje iniciamos o dia exercitando nossos conhecimentos na oficina de Criação textual “Da história ao livro” ministrada por Lúcia Fidalgo (RJ). Foi uma grande jornada de aprendizado que iniciou às 10h e terminou às 17h.
O dia foi realmente de descobertas, pois à noite tivemos um bate papo intitulado “Da letra à voz” com a arte-educadora Gislayne Avelar e participantes do NUFOPES onde foi contextualizado o surgimento dos contos e fábulas e tantas histórias desde o inicio das civilizações. O desenvolvimento de tantas formas de expressar as contações de histórias. As civilizações antigas que escreviam sempre em crise sagrado x profano e a modernidade em que percebemos os conflitos razão x emoção nas histórias.
  • Dia 07/11/09

Contextualizamos o processo da escrita a oralidade com o desenvolvimento das civilizações durante o bate papo do dia anterior. Exercitamos isso na oficina “Da letra a voz” ministrada pela arte-educadora Gislayne Avelar de Matos (MG) durante o primeiro período do dia.
O segundo momento do dia foi repleto de encanto para o público e para nós como contadoras de histórias. É chegado o momento das apresentações dos espetáculos de contação de histórias.
Foi muito bom ter esse momento de troca. Contar e assistir outros contadores de histórias nos permite observar técnicas que podem ser aperfeiçoadas em nossas apresentações e ao mesmo tempo sabemos que os outros grupos que nos viram apresentar também vão levar muito do que apresentamos.
Cada grupo que se apresentou no auditório do Centro de Convenções, durante a IV Bienal do Livro, foi recebido com olhares atentos e a cada história contada o brilho nos olhos e sorrisos largos eram percebidos a cada canto do auditório e ao fim de cada história as palmas eram inevitáveis.
Linete Matias e Beth Miranda (AL) apresentaram o espetáculo “Assim me Contaram... Assim vos Contei” que retratou muito a história de vida das contadoras. As histórias eram contadas e misturadas com a sonoridade de instrumentos diversos para encantar ainda mais o público presente.
Logo após a primeira apresentação estávamos bem ansiosas, seriamos o próximo grupo a se apresentar. Posicionamo-nos no palco, testamos os microfones, exercitamos as músicas, deixamos tudo pronto para o público mergulhar nas nossas “Histórias do Velho Graça”. E assim aconteceu. Tudo que aprendemos em nossos constantes estudos e o que compartilhamos durante a programação da Mostra foram apresentados na sessão de contação de histórias. O público lotou as cadeiras do auditório para assistir nossa apresentação. A cada história contada percebemos a receptividade das pessoas com sorrisos e palmas a todo o momento. As crianças se encantaram com os passarinhos e borboletas que levamos ao palco para dar mais realidade às histórias que contávamos e a sonoridade embalava a todos. Foram momentos únicos! Tudo novo para nós e muito emocionante perceber o quanto nosso trabalho está crescendo.
Logo após a apresentação tivemos a apresentação do espetáculo de contação de histórias “Contos para Alegrar o Coração” com o grupo Morandubetá (RJ). E para finalizar essa seqüência de apresentações tivemos a honra de assistir ao espetáculo “De Conto a Canto” com nossos assessores artísticos Luciano Pontes e Adriana Milet (PE).

  • Dia 08/11/09

O ultimo dia da Mostra foi recheado de emoções. Assistimos ao primeiro espetáculo “Bichos de Todo Jeito” com o mineiro Roberto de Freitas que com as batucadas de seu tambor cantava e contava contagiando a todos que assistiam ao espetáculo.
O nome do espetáculo realmente faz juz às histórias que mechem com o imaginário de todos. Qual a criança que nunca imaginou “bichos de todo jeito”. É bicho papão, dundun teterê, entre tantos, os bichos possíveis na imaginação ilimitada de cada um.
Para nós foi uma verdadeira escola assistir a esse artista. É incrível como ele conseguiu prender a atenção dos espectadores do início ao fim. Todos estavam com os olhos atentos a cada palavra que o artista falava e cada capítulo das histórias contadas que aconteciam com a interação direta de quem o assistia.
Enfim, conhecemos mais uma referência na difusão da contação de histórias e com certeza muito do que vimos no palco do Auditório do Centro de Convenções será, de alguma forma, transmitido para nosso trabalho.

Tivemos na Bienal mais uma oportunidade para apreciar e identificar vários estilos de contadores. Participação estas, que nos possibilitou identificar a diversidade sobre a arte de contar e cantar, a integração com o público, a relação de igual para igual, sem muitos arrodeios. A simplicidade com que a arte nos permite de nos aproximarmos do publico, transportando-os para um mundo de magia.

Mônica de Meireles.




sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O QUE É QUE A MOSTRA GOGÓ DA EMA DE CONTADORES DE HISTÓRIAS TEM?

Tem mesa redonda tem...
Tem oficinas tem...
Tem bate papo tem...
E histórias como ninguém!!!

E nesse clima lúdico tudo acontece, pois o mundo da contação de históirias é encantador. Para isso preparamos uma programação bem diversificada e que se completa de forma sistêmica.
Vamos aprender os processos que levam a criação das histórias, conversar sobre isso e vamos apresentar histórias que agradam a crianças, jovens, adultos, idosos, enfim, todos são contagiados pela magia que as histórias transmitem.


OFICINAS

Criação textual “Da história ao livro”

Benita Prieto e Lúcia Fidalgo
A oficina se propõe a traçar uma visão geral da história, do leitor, da leitura e da criação literária até chegar ao produto livro, as linhas editoriais e o mercado editorial do ponto de vista do leitor e do autor como criadores da obra. A criação do texto oral e escrito também será discutido como tema de entrelaçamento.


Da Letra a Voz
Gislayne Avelar Matos
Palavra oral e palavra escrita têm diferentes códigos. Portanto o que é precioso e desejável para o texto escrito pode não sê-lo para o texto oral, e vice-versa. Isto faz com que, um belo conto de tradição oral, “guardado” na palavra escrita, quando transposto novamente para a oralidade pode perder muito de seu poder de encantar caso o contador não atente para essa questão da diferença de códigos.


ESPETÁCULOS DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS


Assim me contaram... Assim vos contei.

Alguém um dia nos contou uma história: nosso avô, avó, tio, tia, mãe, vizinha... Hoje nos percebemos adultas e partilhando essas mesmas histórias.
Assim me contaram... Assim vos contei é um relato das vivencias, memórias afetivas e histórias da infância, histórias que ajudaram a construir a identidade das contadoras de histórias Bethe Miranda e Linete Matias.


Histórias do Velho Graça


Num caminho contrário ao “estigma” de Estado analfabeto, essa sessão de contação de histórias utiliza-se da luz acesa na imaginação de seus contadores e do próprio público: a lembrança do “mestre Graça” (Graciliano Ramos), da sua obra e do seu universo. De mãos dadas a Alexandre e Cesária, do livro “Alexandre e Outros Heróis”, foram escolhidas histórias de um roteiro de criação feito pela Trupe Gogó da Ema, sob orientação de Luciano Pontes e Adriana Milet. O resultado foi uma seleção/adaptação do que mais tocou os corações do grupo; das histórias que mais chegavam perto dos ouvidos, sussurrando risos atrevidos ou o mais cúmplice silêncio.


Contos para Alegrar o Coração
Composto por 06 histórias populares contadas pelo Grupo Morandubetá e com temáticas variadas de humor, esperteza e adivinhações. O espetáculo costurado com músicas, interpretadas por Sonia Wegnast, se dispõe a envolver os ouvintes para a formação de leitores, com livros e histórias de qualidade.









Bichos de Todo Jeito

Um divertido e interativo espetáculo com histórias, cantigas e brincadeiras, criado especialmente para agradar as crianças. São histórias de medo e encantamento, acontecidas lá quando os bichos ainda falavam e viviam soltos pelo mundo. São histórias animadas, coloridas e de ensinamentos, que chamam a atenção da criançada para tratarem com mais carinho e respeito a nossa fauna e a nossa flora.









De Conto a Canto

É o encontro de dois andarilhos que vivem tentando encontrar a “Cumade Izabé que é dona das cabras que faz bé” pelo mundo afora. Em suas andanças muitas histórias e músicas onde o lúdico, o cômico e o poético brincam juntos.
De Conto a Canto é o resultado das investigações do escritor e ator Luciano Pontes e da musicista e atriz Adriana Milet, por uma linguagem própria utilizando narrativas a partir do teatro de formas animadas, da arte do palhaço e da literatura. São histórias e canções autorais. No repertório, músicas e letras criadas pela dupla e outras recolhidas em pesquisas, acerca da tradição oral brasileira. Histórias permeadas de humor e poesia, com inspiração na cultura popular com suas frases feitas, ditos populares, repetições, rimas, algumas já publicadas. São frutos da convivência da dupla com mestres e com o patrimônio oral e imaterial da cultura nordestina. Assim vivem de canto a conto contando histórias.



HISTÓRIAS IMPROVISADAS

Todo contador de histórias, que se preze, sabe de última hora: inventar, aproveitar uma brecha e aumentar umas linhas e parágrafos para uma mentirinha, um fato, um caso, um causo. Ele tem nas mangas, de cor e salteado a maneira de falar, um jeitinho para transformar mentira em verdade, e uma verdade em mentira, é ou não é? Esse é o encanto! E como todo ofício que tem nas mãos o arranjo, a espontaneidade, a inventividade e relação com o povo, pode se dar o luxo de fazer do erro um acerto, do acaso um acontecimento.
Assim será na sessão coletiva “Histórias Improvisadas”, um espaço para que se conte, na bucha e na hora, histórias com fundos verdadeiros e falsos, contadas nos livros ou aprendidas de boca em boca. Uma tarde de histórias que deixará a Sherazade com inveja, será um momento onde o público participará indicando o tema e os contadores inventarão na hora, em segundos ou minutos, umas boas ou engraçadas, más ou atrapalhadas histórias. O objetivo é contar e brincar!
Luciano Pontes